segunda-feira, 3 de setembro de 2012

UM POUCO DE MINHA INFÂNCIA


Hoje relembrei o meu passado
Me vi correndo atrás de uma bola
Pedalando num circuito ovalado
Brincando sem hora

Aliás
Sempre existiu esse negócio de hora
Hora do banho
Hora da escola
Hora de comer
Chega de correr

Falando em banho
Quantos não foram os de chuva
Seguidos dos espirros
Que depois me deixava fanho

Era motivo pro termômetro embaixo do braço
Gelado me deixava cheio de risada
Quase não me agüentava
Mas logo esquentava

Não era febre
Apenas cuidado
No dia seguinte
Estava eu com pés no chão gelado

Jogava pião e bolinha de gude
Batia figurinha e lambia a mão
Para dar grude

Esconde-esconde
Pega-pega
Carrinho de rolimã e taco
Bolinha pra todo lado

Pipa então nem se fala
Adorava ver os “boiados”
Linha na mão o dia todo
O resultado: monte de dedo cortado!

Na amarelinha pulei
Na queimada machuquei
Na corda saltitei
Na salada mista namorei

Eram essas e tantas outras
Se não existiam a gente inventava
Não tinha limites
Isso era o que importava

Mãe da mula
Cabra–cega
Cabo de guerra
Gritaria no ralo
Tinha até cada macaco no seu galho

Coisa de criança
Quanta alegria
Fazia peripécias no gira-gira
E quase um giro completo na balança

No escorregador parecia um jato
Direto pro banco de areia
Na gangorra quase voava por ser leve
Leve como uma pena

Ah! Que pena
A hora vive correndo
O tempo voa...
E as lembranças daquele tempo acabaram de me balançar
Mas ao contrário daquele tempo
Hoje o balanço não enjoa.

Imagem Ilustrativa
Quadro: Brincadeiras de Criança
Artista Plástico: Ivan Cruz

2 comentários:

  1. Entre nuvens e amarelinhas
    lá vai ele serelepe
    É o Nico ou Tuingo
    Da alegria ele bebe.

    A infância é seu cajado
    A inocência quase um fado.
    A loucura de um palhaço
    Cada tum marca-passo.

    Do coração do amigo Caqui from Uber

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